quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sobre os projetos de leis...

        Corram crianças! Corram!
O diabo está mesmo solto, e está atrás da infância. Em menos de um mês discute-se: adoção de crianças de por homossexuais e proibição de qualquer tipo de correção física em menores. Só falta agora liberar a pedofilia em prol do respeito à opção sexual. O bicho está à solta! Corram crianças! Corram!
Corram dos pais violentos ou omissos. Corram dos pedófilos. Corram do Estado que quer proibir ao invés de educar os pais. Para onde irão? Para casa da vovozinha? Pelo menos enquanto o seu lobo não vem? Mas ele já vem! Corram crianças! Se eu pudesse acolheria todas vocês. Mas estou tentando fazer alguma coisa, tipo alertar os adultos antes que a humanidade se elimine por si mesma.
Projeto do demônio - é como a igreja católica chamou - caso os homossexuais possam adotar crianças. Tenho que concordar. Mas preste atenção! O projeto quer proibir a adoção de menores por homossexuais.  Este projeto de lei está alinhado com a Bíblia, que condena claramente relacionamentos com pessoas do mesmo sexo.  Quem dirá que eles criem filhos! Então se o projeto não for aceito... Corram crianças! Corram!
Já o outro projeto quer proibir correções físicas. Mas de acordo com o manual de sobrevivência neste mundo, a Bíblia, devemos corrigir os filhos, e isto inclui castigo físico sim. Claro que a Palavra de Deus é contra qualquer agressão e violência às crianças! Educar sem bater, muitas vezes, é possível, e merece políticas públicas livros e treinamentos. Claro que existem vários métodos de formação e correção do comportamento, mas quem tem filhos sabe que chega uma hora em que nada disso funciona mais... E aí? Que seres (des)humanos estaremos formando?
Entendo que a intenção do projeto de lei é proteger as crianças. Mas, ao invés de impedir vamos ensinar aos pais como disciplinar seus filhos. Criar cursos e faculdades para capacitar pessoas a criarem outras, pois ninguém nasce sabendo. Ensinar dá mais trabalho, mas é permanente. Proibir é mais fácil, mas é temporário.
O Estado está correndo o risco de repetir com os pais o mesmo erro que cometemos com as crianças: proibir ao invés de educar. Porque não preparar pessoas para serem pais?!  Por que não treiná-las como fazemos em qualquer outra profissão ou função? Enquanto não houver recursos acessíveis para formação de progenitores, muitas crianças terão que continuar correndo de seus próprios pais ou mães. Corram crianças! Corram!
Cuidado crianças! Mas para onde irão? Se correr o bicho pega se ficar o bicho come!

Alexa Guerra.
Graduada em Pedagogia e Teologia.
Escritora e palestrante que se dedica à infância e à educação.
alexaguerra.blogspot.com

3 comentários:

Dinilso disse...

Paz irmã! É verdade, o bicho está solto mesmo!

Di disse...

Vcs leram o projeto?!

"13. A proposição caracteriza os castigos corporais, bem como os tratamentos
cruéis e degradantes que passam a figurar no rol de violações passíveis de enquadramento
segundo as determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente. Há que se ressaltar que
a instauração de processos contra pais é na maior parte dos casos contrária ao interesse da
criança e do adolescente e, portanto, o processo e outras intervenções formais (por
exemplo, remover o agente violador) só serão considerados quando necessários para plena
proteção da criança e do adolescente de situações extremas ou quando correspondam ao
superior interesse dos mesmos.
14. Contudo, tendo como premissa que nada pode justificar o uso de formas de
disciplina que sejam violentas, cruéis ou degradantes na educação de crianças e
adolescentes, o projeto possui uma dimensão pedagógica e educativa que permitirá, de
plano, estimular e ampliar o debate em torno de tais formas de violações, desaconselhar sua
adoção por quaisquer responsáveis e, extensivamente, fomentar alternativas sadias e
emancipatórias de educação e relacionamento com nossas crianças e adolescentes,
afirmando em particular o direito à convivência familiar e comunitária. A sanção ou
punição, ressalvado o devido processo legal, deve ser vista como medida excepcional e de
última natureza."

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/790543.pdf

Bete disse...

Alexa!!!!! Seus textos são ótimos!!! Também sou Pedagoga e penso em fazer teologia... Você tem meu apoio. Escuta, posso divulgar seus textos em meu blog? Colocarei os devidos créditos. Ah, vou utilizar seu texto sobre "pais terceirizados" na reunião de pais da minha escola. Posso? Agradeço por encontrar seu blog. Beijo, Elisabete de Marília - SP
btcris@hotmail.com

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