“Quem é sábio, ensina grandes verdades de maneira simples e agradável.” Pv 15.2a (B Viva)
Ser sábio e ensinar de
maneira simples e agradável são alvos de todos aqueles que amam o ensino. Assim
era o ensino de Jesus. O mestre atraía as multidões, “ninguém jamais falou como
aquele homem” (Jo 7.46). Jesus deixava a multidão maravilhada com seu ensino
(Mc 11.18b). A grande multidão o ouvia com prazer e admiração (Mc 12.37b; 6.2).
Mas, como era esse ensino?
O ensino de Jesus era a
encarnação de Pv 15.2 pois, suas palavras
sábias tornavam o ensino atraente.( Ver na Bíblia na Linguagem de Hoje)
Jesus ensinava envolvendo, levando as pessoas a experimentarem as verdades que
apresentava. (Lucas 9.10-17; 10.1-12, 28,36,37; Mt 14.22-36). O Mestre ensinava
encantando e com autoridade (Mc 1.21, 22); pois sempre fazia o que agrada ao
Pai e falava exatamente o que o Pai lhe ensinou (Jo 8,28,29). Era seu costume
ensinar (Mc 10.1). Seu ensino vinha de Deus, sua motivação era a glória do Pai
(Jo 7.16).
A maneira
de ensinar do Mestre permite ao aprendiz participar para esclarecer, assimilar
e dar sentido às informações e idéias que estão sendo estudadas. É aquele
ensino descrito em Dt 6.7.
Com um
Mestre assim, quem tinha tempo para fazer “bagunça”? Suas palavras eram
atraentes, seu ensino dinâmico envolvia as pessoas, não havia espaço para
indisciplina. Precisamos aprender com nosso Mestre.
“Os
métodos empregados por Jesus formaram um
marcante contraste com os que estavam em uso nos Seus dias. Quando se
passava da aula dos Rabinos para a aula de Jesus ‘a transição era como passar
de um sótão antigo e poeirento que há meses não foi arejado, para a atmosfera
brilhante e fresca de uma límpida manhã de primavera,’ (Mckoy, C. F. A arte de Jesus como Mestre. P.33). Tal
experiência, tão nova, e tão revigorante, reflete não apenas o conteúdo dos
ensinos como também os métodos empregados. Indica, outrossim, a qualidade
suprema do próprio Mestre, um professor que não deve ser comparado com Seus
contemporâneos, e, sim, contrastado com eles.” (Hurst, p 83).
Precisamos
aprender com nosso Mestre...
“Mudar o jeito de ensinar não é fácil nem rápido, mas é absolutamente
urgente e necessário para não ficar para trás no novo milênio.” (Nova
Escola,dez/2000. p.14) Sabemos que a escola precisa mudar, e de fato, o ensino
está mudando. Com ele o conceito de disciplina também mudou. Se antigamente disciplina equivalia ao
silêncio absoluto, a disciplina desejada hoje é a do interesse e da
participação. Para isto, pressupõe-se, da parte do aluno, valores éticos
anteriores à escolarização: entendimento de regras comuns, partilha de
responsabilidades, cooperação, reciprocidade, solidariedade, etc. E, acima de tudo, reconhecimento dos direitos
do outro, sem o que fica impossível a convivência em grupo.
Os jogos e dinâmicas atendem
a essas mudanças e necessidades na educação. Podemos ensinar quase tudo por
meio dos jogos. As dinâmicas envolvem, tornando a aprendizagem agradável. “Se gosto, aprendo.” É um jeito de
ensinar e aprender fascinante e surpreendente, envolve até os mais
displicentes. O espaço para indisciplina se torna inviável, desde que todos
estejam ocupados de alguma forma. Isto não significa, silêncio absoluto sempre,
mas sim, um som de aprendizagem e envolvimento no ar.
Em momento algum sugiro que os jogos e
dinâmicas ocupem o lugar de uma variedade de procedimentos didáticos, como as
aulas expositivas, por exemplo, variedade esta necessária e enriquecedora. O
que afirmo são as qualidades evidentes deste recurso de ensino e as
possibilidades de seu uso para construção do conhecimento e desenvolvimentos de
valores e atitudes.
Em
seu livro Kirby diz que “o princípio que
baseia o uso de jogos no ensino é que os participantes aprendem melhor fazendo
do que lendo, ouvindo ou observando. Para o treinamento voltado para
modificação do comportamento e atitude, o aprendizado ativo definitivamente
precisa ser incentivado. Qualquer treinamento ou ensino pode ser beneficiado de jogos. A
recompensa do uso de jogos é que o instrutor pode usá-lo para tornar uma
experiência tão agradável quanto útil.”
Que possamos evoluir no ensino de forma a conquistar o que Monteiro Lobato há muito nos desafiou:“A brincadeira é forma superior de
educação”.
Por: Alexandra Guerra - http://alexaguerra.blogspot.com.br/