quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Jogos e dinâmicas no ensino como prevenção de indisciplina

“Quem é sábio, ensina grandes verdades de maneira simples e agradável.” Pv 15.2a (B Viva)

 Ser sábio e ensinar de maneira simples e agradável são alvos de todos aqueles que amam o ensino. Assim era o ensino de Jesus. O mestre atraía as multidões, “ninguém jamais falou como aquele homem” (Jo 7.46). Jesus deixava a multidão maravilhada com seu ensino (Mc 11.18b). A grande multidão o ouvia com prazer e admiração (Mc 12.37b; 6.2). Mas, como era esse ensino?
O ensino de Jesus era a encarnação de Pv 15.2 pois, suas palavras sábias tornavam o ensino atraente.( Ver na Bíblia na Linguagem de Hoje) Jesus ensinava envolvendo, levando as pessoas a experimentarem as verdades que apresentava. (Lucas 9.10-17; 10.1-12, 28,36,37; Mt 14.22-36). O Mestre ensinava encantando e com autoridade (Mc 1.21, 22); pois sempre fazia o que agrada ao Pai e falava exatamente o que o Pai lhe ensinou (Jo 8,28,29). Era seu costume ensinar (Mc 10.1). Seu ensino vinha de Deus, sua motivação era a glória do Pai (Jo 7.16).
A maneira de ensinar do Mestre permite ao aprendiz participar para esclarecer, assimilar e dar sentido às informações e idéias que estão sendo estudadas. É aquele ensino descrito em Dt 6.7.
Com um Mestre assim, quem tinha tempo para fazer “bagunça”? Suas palavras eram atraentes, seu ensino dinâmico envolvia as pessoas, não havia espaço para indisciplina. Precisamos aprender com nosso Mestre.
“Os métodos empregados por Jesus formaram um  marcante contraste com os que estavam em uso nos Seus dias. Quando se passava da aula dos Rabinos para a aula de Jesus ‘a transição era como passar de um sótão antigo e poeirento que há meses não foi arejado, para a atmosfera brilhante e fresca de uma límpida manhã de primavera,’ (Mckoy, C. F. A arte de Jesus como Mestre. P.33). Tal experiência, tão nova, e tão revigorante, reflete não apenas o conteúdo dos ensinos como também os métodos empregados. Indica, outrossim, a qualidade suprema do próprio Mestre, um professor que não deve ser comparado com Seus contemporâneos, e, sim, contrastado com eles.” (Hurst, p 83).
Precisamos aprender com nosso Mestre...

Mudar o jeito de ensinar não é fácil nem rápido, mas é absolutamente urgente e necessário para não ficar para trás no novo milênio.” (Nova Escola,dez/2000. p.14) Sabemos que a escola precisa mudar, e de fato, o ensino está mudando. Com ele o conceito de disciplina também mudou. Se antigamente disciplina equivalia ao silêncio absoluto, a disciplina desejada hoje é a do interesse e da participação. Para isto, pressupõe-se, da parte do aluno, valores éticos anteriores à  escolarização:  entendimento de regras comuns, partilha de responsabilidades, cooperação, reciprocidade, solidariedade, etc.  E, acima de tudo, reconhecimento dos direitos do outro, sem o que fica impossível a convivência em grupo.

Os jogos e dinâmicas atendem a essas mudanças e necessidades na educação. Podemos ensinar quase tudo por meio dos jogos. As dinâmicas envolvem, tornando a aprendizagem  agradável. “Se gosto, aprendo.” É um jeito de ensinar e aprender fascinante e surpreendente, envolve até os mais displicentes. O espaço para indisciplina se torna inviável, desde que todos estejam ocupados de alguma forma. Isto não significa, silêncio absoluto sempre, mas sim, um som de aprendizagem e envolvimento no ar.
Em momento algum sugiro que os jogos e dinâmicas ocupem o lugar de uma variedade de procedimentos didáticos, como as aulas expositivas, por exemplo, variedade esta necessária e enriquecedora. O que afirmo são as qualidades evidentes deste recurso de ensino e as possibilidades de seu uso para construção do conhecimento e desenvolvimentos de valores e atitudes.
Em seu livro Kirby  diz que “o princípio que baseia o uso de jogos no ensino é que os participantes aprendem melhor fazendo do que lendo, ouvindo ou observando. Para o treinamento voltado para modificação do comportamento e atitude, o aprendizado ativo definitivamente precisa ser incentivado. Qualquer treinamento ou  ensino pode ser beneficiado de jogos. A recompensa do uso de jogos é que o instrutor pode usá-lo para tornar uma experiência tão agradável quanto útil.”
 Que possamos evoluir no ensino de forma a conquistar o que Monteiro Lobato há muito nos desafiou:“A brincadeira é forma superior de educação”.

Por: Alexandra Guerra - http://alexaguerra.blogspot.com.br/

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