Pais e educadores inspirem-se e informem-se aqui! Porque a infância é o melhor tempo para semear... O que você faz pelas crianças e suas famílias conta: estamos juntos! Com amor e esperança, Alexandra Guerra!
A internet trouxe uma infinidade de opções de estudo, entre as quais gosto de destacar oscursos online, em especial os chamados MOOCs (Massive Open Online Courses ou Cursos Online Gratuitos e Massivos). Vocês conhecem esse conceito?
São aqueles cursos que podem ser feitos por qualquer pessoa com acesso à internet. Geralmente oferecidos por plataformas educacionais, eles cobrem diversos assuntos e ocorrem em duas modalidades: com tutoria, isto é, as pessoas relacionadas à instituição de ensino acompanham as atividades e tiram as dúvidas dos alunos por meio de fóruns ou bate-papos. Por essa razão, tem um tempo para começar e terminar. A outra modalidade é a do curso autoinstrucional, que não tem limite de tempo, pois cada aluno realiza as atividades no ritmo que for mais adequado para ele. Assim, não há tutores, mas fóruns para discussão com outros estudantes que, por coincidência, estão fazendo o mesmo curso que você.
Você já fez algum MOOC? Confesso que já comecei vários e terminei só alguns. Minha principal dificuldade é encontrar tempo para me dedicar nas semanas seguintes ao início. Começar é fácil, em alguns cliques você já está apto para ver o material, mas terminar é um grande desafio.
Existem várias opções voltadas para professores. Alguns exigem pagamento para obter a certificação, mas para acompanhar as aulas e atividades não é preciso pagar nada. Caso você tenha se interessado em experimentar, listo aqui as principais plataformas e alguns dos cursos que elas oferecem:
Em pesquisa, 50% dos pais dizem não ter tempo de brincar; tablet é opção de 84% das famílias
Fim do expediente, já em casa e depois do jantar, o cansaço, enfim, bate, e é quando as crianças perguntam: “Papai, mamãe, vocês querem brincar?”. Difícil encontrar quem responda ao convite afirmativamente e com empolgação genuína, afinal, com a rotina corrida, é natural que os pais se sintam exaustos no final do dia, sem disposição para se sentar no chão e encarar uma partida de um jogo ou uma rodada de faz-de-conta.
Talvez se soubessem que apenas 15 minutos de brincadeira com os filhos fazem toda a diferença para o seu desenvolvimento, estes pais e mães agiriam diferente. De acordo com Priscila Cruz, especialista em ensino e uma das fundadoras da OSCIP Todos pela Educação, o ato de brincar é fundamental para que a criança desenvolva habilidades intelectuais e emocionais essenciais no futuro.
— Brincar ajuda a criança a ser criativa, a se comunicar, a ter empatia pelos outros. A criança que brinca bastante tira notas melhores ao longo da vida e tem uma série de outras consequências positivas em sua vida adulta porque desenvolve seu cérebro. Brincar traz competências sócio-emocionais à criança, e é um treino para a vida. Elas aprendem a lidar com as regras, a entender seus limites físicos.
Especialistas concordam que, atualmente, há uma série de obstáculos ao chamado “brincar livre”, quando a criança é a “dona” da brincadeira, inventando e modificando as leis do jogo, fantasiando. Para eles, o número elevado de compromissos nas agendas infantis, por exemplo, dificulta a ocorrência destes momentos de diversão, como explica Priscila.
— Hoje a criança tem muito mais demandas, acrescentamos coisas à sua rotina que concorrem com o brincar e elas têm cada vez menos tempo. Além disso, há as telas da tecnologia, com tablets e celulares, que até trazem outras habilidades para eles, mas de uma maneira muito limitada. E há também a superproteção dos pais. As pessoas têm cada vez menos filhos, então os protegem com medo de perdê-los, porque são os únicos que elas têm.
E é nesta lista que entra também a indisponibilidade dos pais. Uma pesquisa realizada em dez países com 12 mil pais de crianças entre cinco e 12 anos aponta que metade dos entrevistados diz não ter tempo para brincar ao ar livre com seus filhos. E, nas famílias consultadas, 84% das crianças brincam no máximo duas horas por dia, 40% brincam menos de uma hora, e 6% nunca brincam ao ar livre em um dia normal.
Consultor da Unicef e da Unesco e especialista em Políticas Públicas pela Primeira Infância, Vital Didonet reforça a importância do envolvimento da família nos momentos de brincadeira.
— Muitos pais chegam em casa estressados e querem ter eles próprios o seu lazer. Mas este é um ônus da paternidade e da maternidade, e os pais e mães têm que renunciar a isso. Eles precisam brincar nem que seja por 15 minutos, mas que seja se entregando ao momento. O adulto também vai descansar, desde que não considere aquilo um dever.
Para Didonet, é papel dos pais também tomar a iniciativa de apresentar alternativas de brincadeiras que não passem pela tecnologia, especialmente quando 84% das crianças brasileiras dizem preferir um tablet a brincar ao ar livre, como mostrou o levantamento.
Na visão de Priscila, além da influência sobre a saúde mental e o desenvolvimento da criatividade das crianças, brincar também é indispensável porque é nos momentos lúdicos que os pequenos vão treinar seu papel na sociedade dos adultos.
— Há pais que protegem os filhos inclusive na hora de brincar. Mas eles se esquecem que o erro é super importante para a criança aprender. Ninguém é criativo sem ter errado antes.
Minha cabeça está cheia de jardins. Para mim, foi Deus quem plantou eles aqui dentro. Imagine aquele terreno onde se cultivam árvores, flores e plantas... Perfume, beleza, paz... é deste jardim que estou falando. Os eventos mais importantes acontecem em um jardim. Deus plantou um jardim no Éden, e pôs nele o homem que havia formado, (Gn 2:8). Nele havia lindas árvores, alimentos e um rio que o regava. Esse rio se repartia em quatro braços. Deus colocou o homem lá para cultivá-lo e guardá-lo. O próprio Deus andava por este jardim. O pecado original e a morte espiritual da raça humana tiveram início no jardim. A redenção e a vida eterna também se originaram no jardim. Pois, no lugar onde Jesus havia sido crucificado, sepultado e ressuscitado, existia um jardim. (João 19:41). Como Maria Madalena suponho que Jesus seja um jardineiro Mestre, (João 20:15) creio que Ele me conhece e me chama pelo nome. Descobri a pouco, outro motivo, porque quando estou em um lugar assim, cheio de plantas e flores me sinto mais perto de Deus; é porque tudo o que nasceu ali teve primeiro que morrer para si mesmo, para então depois nascer. "O que semeias não nasce, se primeiro não morrer." (1 Co 15:36). A semente morre para então resultar em um novo corpo que Deus lhe dá. Tem tantas coisas em nós que precisam morrer: Corrupção, desonra, fraqueza... e quando elas morrem em um jardim é maravilhoso, pois podem ser transformadas e nascer de novo! Deus dá ao grão o corpo apropriado, como diz em 1 Co 15:42- 44 :"Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual." Desejo viver rodeada por um jardim. Por isso, estou investindo em sementes onde estou plantada. Jesus disse que Ele é a videira, e o Pai do Céu é o agricultor. (João 15). Nós que cremos nele somos os ramos, se não dermos frutos Ele nos corta. Simples assim. E todo ramo que dá fruto, Ele limpa, para que produza mais fruto ainda. Os ramos só podem dar frutos se estiverem ligados na videira, e dela extraírem seiva da vida. O ramo que não estiver ligado na videira, secará e será lançado no fogo. Elementar assim. Prefiro estar no jardim a estar no fogo! O Pai me cultiva. Eu sou o ramo. Jesus a parreira que produz uva. Então, como diz a música de crianças, sou mesmo uma florzinha de Jesus!
Alexandra Guerra :-) ________________________________________ Blog: alexaguerra.blogspot.com
O que responder quando disserem que o Brasil gasta muito com Educação?
O país investe uma porcentagem considerável do PIB, mas o gasto por aluno ainda é muito baixo. Entenda
Por: Caroline Monteiro
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil Mais
de 5% de todas as riquezas produzidas no Brasil vão para a Educação.
Esse número pode impressionar, e muitas vezes é usado por quem defende
que o Estado já gasta o bastante nessa área. O argumento é reforçado por
comparação. Afinal, outros países em desenvolvimento, como Argentina
(4,9%), Chile (4,0%), Colômbia (4,2%) e México (4,6%), gastam
proporcionalmente menos que o Brasil e um deles, o Chile, vai muito
melhor do que o nosso país nas pesquisas internacionais. É um argumento
forte e reforça a necessidade de melhorarmos a gestão do dinheiro que
vai para a educação. Porém, ele pode e deve ser relativizado - sobretudo
após a divulgação do estudo Education at a Glance, elaborado pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A
entidade é formada por 35 países — a maioria desenvolvidos e com alto
PIB per capita — e procura levantar informações para a comparação de
políticas públicas. O Brasil não é membro da OCDE, mas é convidado para
alguns dos estudos, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de
Alunos). Esses relatórios são importantes para comparar diversos
aspectos econômicos e sociais brasileiros com o de países desenvolvidos e
com outras nações em desenvolvimento.
No Education at a Glance
2017, a OCDE mostrou como o percentual do PIB destinado à área pelo
Brasil não é dos piores, mas apontou o problema no gasto por estudante. O
país investe apenas 5,6 mil dólares por ano por aluno da Educação
Básica (ou cerca de 466 dólares mensais), enquanto a média das demais
nações avaliadas pelo relatório é de 10,8 mil dólares (ou 33,6 mil
reais). Esse valor inclui 1) salário e formação de professores 2)
material e infraestrutura 3) políticas públicas para atrair novos
docentes e 4) medidas para diminuir o número de alunos por sala.
Aqui,
na NOVA ESCOLA, nós acreditamos que os professores devem participar do
debate público. Quem conhece a sala de aula tem plenas condições, quando
bem preparado, de debater com políticos e técnicos das secretarias de
ensino. Ao olhar o relatório, nós pensamos em perguntas que você
provavelmente já ouviu, E, com dados desse estudo, mostramos que
respostas você pode dar sempre que alguém te disser "o Brasil gasta
muito em educação". Esperamos que seja útil. Arte: Alice VasconcellosO Brasil gasta muito em Educação?
Não.
Mas antes, vamos entender o que o dado significa. O PIB (Produto
Interno Bruto) é a soma de todas as riquezas produzidas por um país, mas
é apenas um valor de referência, que considera o setor público e
privado. Não existe um cofre ou conta bancária onde “o dinheiro do PIB”
fica guardado. Então, dizer que parte do PIB é investido em algum setor
serve apenas para comparar a soma monetária de quanto o país produz em
bens e serviços com o quanto o governo envia para a Educação (e esse
dinheiro vem, principalmente, da arrecadação de impostos, não do lucro
de alguma produção).
Apesar de investirmos uma porcentagem
relativamente alta do PIB, maior do que a de outros países, isso não
significa que estamos gastando muito. A comprovação vem do dado que
mostra quanto o país gasta com cada aluno. Primeiro, é preciso
considerar que o PIB do Brasil não é tão grande se for considerado o
tamanho da população e a crise econômica atual. O valor total, de 1,796
trilhão de dólares, dividido pelos 207,7 milhões de habitantes, gera um
PIB por pessoa de 8.649,95 dólares. O da Rússia é 8,7 mil; da Argentina,
12,5 mil; do Chile, 13,8 mil; e do Uruguai, 15,2 mil.
Segundo
Marcelino Rezende, especialista em financiamento da Educação e professor
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto,
soma-se a isso o fato de que o PIB brasileiro está escolhendo (redução
de 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016). “A porcentagem do PIB é apenas um
índice e não reflete o quanto chega aos alunos. Como o PIB está
reduzindo, se continuarmos gastando a mesma quantidade de dinheiro,
daqui um ano vai parecer que investimos mais, porque a porcentagem vai
aumentar, mas não é essa a realidade.”
Outra análise é a da
dívida histórica que temos com a Educação brasileira. De acordo com
Pilar Lacerda, ex-secretária nacional de Educação Básica do Ministério
da Educação (MEC) e diretora da Fundação SM, que trabalha para
fortalecer a Educação pública, enquanto os países desenvolvidos gastavam
entre 6% e 7% do PIB com o setor educacional, o Brasil destinava apenas
3%. Por que o percentual do PIB e o gasto por aluno apontam resultados tão discrepantes?
A
discrepância entre a porcentagem do PIB e o gasto por aluno é elevada
devido ao grande número de estudantes. Segundo Pilar, são 42 milhões de
alunos na Educação Básica, somados aos adultos que precisam da Educação
de Jovens e Adultos (EJA) e também a parte da população que não é
alfabetizada. “Às vezes, temos um orçamento que parece alto, mas não é. O
valor que pode ser suficiente para uma cidade desenvolvida do interior
de São Paulo é insuficiente para municípios como Manaus, por exemplo,
que tem especificidades devido à existência de escolas ribeirinhas,
rurais e urbanas, que exigem transporte e regime de trabalho
diferenciados, sob um mesmo orçamento”, explica Pilar.
É preciso
notar ainda que o gasto por aluno só leva em consideração as despesas
das instituições educacionais, enquanto o investimento como percentual
do PIB considera também as despesas relacionadas à Educação que não vão
diretamente para a qualidade educacional, como bolsas de ajuda de custo
que o governo dá diretamente para o aluno. Arte: Alice VasconcellosTudo bem. Nós investimos pouco em Educação, mas a gestão não ajuda, certo?
Correto.
Falta, em muitas secretarias, conhecimento técnico para administrar o
dinheiro. É comum escolas receberem todo o recurso para o ano letivo
apenas em novembro, por exemplo. “Aí a escola não pode gastar por
gastar, para constar nos números. Aquele dinheiro fica sem destino e
parece que está sobrando”, diz Pilar. E se diminuirmos a corrupção, teremos mais dinheiro para a Educação?
Sim,
mas não tanto quanto parece. Na Educação, a corrupção atinge uma
porcentagem pequena, segundo Marcelino. Não há dados oficiais sobre
corrupção no setor, mas Marcelino estima um desvio de 2% do orçamento. É
uma área que abre menos espaço para desvio de recurso público porque
grande parte tem destino certo, como a folha de pagamento. “De acordo
com o Fundeb, 60% do dinheiro é para pagamento de professor. Bem ou mal,
já é um recurso carimbado, destinado a um uso específico”, explica
Pilar.
Mas, apesar de ser uma porcentagem pequena, há espaço,
sim, para corrupção. Como 90% da verba de Educação Básica é destinada à
folha de pagamento (de professores e funcionários), há brecha para a
contratação de pessoas por interesse político. Os outros dois focos de
corrupção, segundo Marcelino, são os serviços terceirizados de merenda,
transporte escolar e material didático, além das obras. E, quando falta
dinheiro, todo recurso importa. Isso pode piorar com o teto de gastos na Educação?
Sim.
A PEC do Teto de Gastos, promulgada em dezembro de 2016, limita os
gastos públicos de um ano ao que foi gasto no ano anterior. Por exemplo,
em 2018 só será possível gastar com saúde e Educação a mesma quantidade
que foi gasta em 2017, corrigido pela inflação. “A PEC que congela os
gastos públicos passará a ser sentida a partir do ano que vem e, como
viemos de um cenário de recessão econômica, as previsões não são boas”,
diz Marcelino.
“Quem é sábio,
ensina grandes verdades de maneira simples e agradável.” Pv 15.2a (B Viva)
Ser sábio e ensinar de
maneira simples e agradável são alvos de todos aqueles que amam o ensino. Assim
era o ensino de Jesus. O mestre atraía as multidões, “ninguém jamais falou como
aquele homem” (Jo 7.46). Jesus deixava a multidão maravilhada com seu ensino
(Mc 11.18b). A grande multidão o ouvia com prazer e admiração (Mc 12.37b; 6.2).
Mas, como era esse ensino?
O ensino de Jesus era a
encarnação de Pv 15.2 pois, suas palavras
sábias tornavam o ensino atraente.( Ver na Bíblia na Linguagem de Hoje)
Jesus ensinava envolvendo, levando as pessoas a experimentarem as verdades que
apresentava. (Lucas 9.10-17; 10.1-12, 28,36,37; Mt 14.22-36). O Mestre ensinava
encantando e com autoridade (Mc 1.21, 22); pois sempre fazia o que agrada ao
Pai e falava exatamente o que o Pai lhe ensinou (Jo 8,28,29). Era seu costume
ensinar (Mc 10.1). Seu ensino vinha de Deus, sua motivação era a glória do Pai
(Jo 7.16).
A maneira
de ensinar do Mestre permite ao aprendiz participar para esclarecer, assimilar
e dar sentido às informações e idéias que estão sendo estudadas. É aquele
ensino descrito em Dt 6.7.
Com um
Mestre assim, quem tinha tempo para fazer “bagunça”? Suas palavras eram
atraentes, seu ensino dinâmico envolvia as pessoas, não havia espaço para
indisciplina. Precisamos aprender com nosso Mestre.
“Os
métodos empregados por Jesus formaram um
marcante contraste com os que estavam em uso nos Seus dias. Quando se
passava da aula dos Rabinos para a aula de Jesus ‘a transição era como passar
de um sótão antigo e poeirento que há meses não foi arejado, para a atmosfera
brilhante e fresca de uma límpida manhã de primavera,’ (Mckoy, C. F. A arte de Jesus como Mestre. P.33). Tal
experiência, tão nova, e tão revigorante, reflete não apenas o conteúdo dos
ensinos como também os métodos empregados. Indica, outrossim, a qualidade
suprema do próprio Mestre, um professor que não deve ser comparado com Seus
contemporâneos, e, sim, contrastado com eles.” (Hurst, p 83).
Precisamos
aprender com nosso Mestre...
“Mudar o jeito de ensinar não é fácil nem rápido, mas é absolutamente
urgente e necessário para não ficar para trás no novo milênio.” (Nova
Escola,dez/2000. p.14) Sabemos que a escola precisa mudar, e de fato, o ensino
está mudando. Com ele o conceito de disciplina também mudou. Se antigamente disciplina equivalia ao
silêncio absoluto, a disciplina desejada hoje é a do interesse e da
participação. Para isto, pressupõe-se, da parte do aluno, valores éticos
anteriores à escolarização: entendimento de regras comuns, partilha de
responsabilidades, cooperação, reciprocidade, solidariedade, etc. E, acima de tudo, reconhecimento dos direitos
do outro, sem o que fica impossível a convivência em grupo.
Os jogos e dinâmicas atendem
a essas mudanças e necessidades na educação. Podemos ensinar quase tudo por
meio dos jogos. As dinâmicas envolvem, tornando a aprendizagem agradável. “Se gosto, aprendo.” É um jeito de
ensinar e aprender fascinante e surpreendente, envolve até os mais
displicentes. O espaço para indisciplina se torna inviável, desde que todos
estejam ocupados de alguma forma. Isto não significa, silêncio absoluto sempre,
mas sim, um som de aprendizagem e envolvimento no ar.
Em momento algum sugiro que os jogos e
dinâmicas ocupem o lugar de uma variedade de procedimentos didáticos, como as
aulas expositivas, por exemplo, variedade esta necessária e enriquecedora. O
que afirmo são as qualidades evidentes deste recurso de ensino e as
possibilidades de seu uso para construção do conhecimento e desenvolvimentos de
valores e atitudes.
Em
seu livro Kirby diz que “o princípio que
baseia o uso de jogos no ensino é que os participantes aprendem melhor fazendo
do que lendo, ouvindo ou observando. Para o treinamento voltado para
modificação do comportamento e atitude, o aprendizado ativo definitivamente
precisa ser incentivado. Qualquer treinamento ou ensino pode ser beneficiado de jogos. A
recompensa do uso de jogos é que o instrutor pode usá-lo para tornar uma
experiência tão agradável quanto útil.”
Que possamos evoluir no ensino de forma a conquistar o que Monteiro Lobato há muito nos desafiou:“A brincadeira é forma superior de
educação”.
Por: Alexandra Guerra - http://alexaguerra.blogspot.com.br/
Dez princípios para as crianças crescerem felizes e bem sucedidas Às
vezes me assusto com o poder que é dado aos pais e educadores. Estamos semeando em vidas! Gosto de semear princípios, pois eles são as fontes que movem nossas
ações. Princípios são valores que, se semeados na primeira época da vida,
direcionam o desenvolvimento posterior, num ciclo de vida... Princípios não morrem, são como
sementes. Às vezes parecem que morreram,
mas estão adormecidas, debaixo da terra, e um dia brotam, é claro que dependem
das condições necessárias para romper a terra. Assim é com os bebes, tudo é
novo para eles e para as crianças pequenas, até que alguém lhes apresente: A
maneira de ver as formigas, as flores, uma galinha e até uma barata, dependem
de como estas lhes são apresentadas. Na Corea do Sul, por exemplo, as crianças
vêem os cachorros como uma possível refeição, eu não posso nem pensar em comer
meu cachorrinho! Isto também ocorre com a maneira de lidar com o amor, o erro,
a dor, a alegria, enfim, com a vida... A maneira de lidar com a vida vai
depender das sementes que foram plantadas na infância, do tipo de solo e das
condições que elas tem para se desenvolver. É isto o que me assusta, é muita
responsabilidade e também uma grande oportunidade que as pessoas que cuidam de
crianças têm. Princípios são sementes. Que sementes você tem lançado?
Dez princípios para as crianças crescerem felizes e bem sucedidas.
Princípio nº.1: Os pais são os responsáveis pela educação
das crianças. Ef6.4 e Dt 6.7.
Princípio nº. 2: Apascente o coração das crianças que estão
sob sua responsabilidade. Jo 21.15.
Princípio nº. 3: Ame as crianças, incondicionalmente. 1Jo 4.7-20.
Princípio nº. 4: Dê liberdade e limites com equilíbrio. 2Tm
1.7.
Princípio nº. 5: Discipline-as quando necessário, usando os
métodos adequados a cada ocasião; isto é estabelecer limites. Pr 6.23.
Princípio nº. 6: Desenvolva o pensamento e a capacidade de
tomar decisões fundamentadas nos princípios de Deus; isto é dar liberdade. Tg
1.25.
Princípio nº. 7: Quando caírem
ensine-as a levantarem de novo e a aprender com os erros. Salmo 37.24.
Princípio nº. 8: Atenda as
necessidades de cada etapa do crescimento. Lucas 2.52.
Princípio nº. 9: Seja o exemplo que
elas procuram. 1Co 11.1.
Princípio nº. 10:
Crianças são flechas, eduque-as para serem lançadas na vida e acertarem o alvo.
Sl 127.3-5 e Rm 8.29.
A maior força da educação está em nosso exemplo e nas
pequenas coisas, nos gestos e nas palavras do dia-a-dia, onde às vezes não
percebemos, pois educar é se relacionar com o outro, e isto acontece na maioria
das vezes de maneira informal. Aproveite cada minuto na presença de suas
crianças e das pessoas que são preciosas para você! Ame-as e demonstre esse
amor. Já que nosso tempo é tão curto e tão precioso aproveite cada minuto da
vida para amar mais e se deleitar em seu jardim, pois um jardineiro cuida de
seu jardim pelo prazer que tem de estar nele, de ver seus frutos e flores por
vir, de sentir os perfumes que ele exala...
A tarefa não é fácil, mas acredite, vale a pena investir em
crianças!
Texto de Alexandra
Guerraextraído de seu livro "Infância, o Melhor Tempo
para Semear." Editora Betânia.
Sobre avaliação, fracasso escolar e desigualdade social: Para que a acolhida das diferenças por meio dos processos avaliativos escolares seja democrática e não excludente ela deve começar pelos: concursos públicos, processos seletivos, vestibulares, ENEM e aí sim chegar à escola. Se as mudanças nos processos avaliativos iniciarem e permanecerem apenas na escola irão aumentar ainda mais a exclusão social; tornando a diferença uma deficiência, ampliando ainda mais as chances dos privilegiados que se preparam cada vez mais para estas avaliações. Minha inquietação é: até que ponto adequar o currículo e os processos avaliativos às realidades dos mais pobres e menos favorecidos vai afastá-los das chances de progressão na vida por meio dos estudos e concursos avaliativos?
Que tal dar uma forcinha extra para seu filho tomar gosto pela leitura apresentando-o a textos de autores consagrados?
Há bons exemplos de escritores que, depois de se consolidarem na literatura adulta, enveredaram pela infantil.
Caso da mineira Adélia Prado, que, em 2006, fez sua estreia com o livro para crianças Quando Eu Era Pequena e lança, em setembro, seu segundo título infantil, Carmela Vai à Escola.
O peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2010, é outro que, após uma carreira premiada, resolveu se aventurar a escrever para crianças, tarefa que ele classificou em entrevistas de “mais difícil” do que escrever para adultos. Fonchito e a Lua, é seu primeiro título para o público infantil.
E esse não é uma fenômeno recente. As prateleiras das livrarias estão recheadas de livros feitos para os pequenos por nomes estrelados da literatura brasileira e estrangeira.“Há ainda casos de escritores que, apesar de nunca terem produzido para as crianças, tiveram trechos de suas obras “reendereçadas” para os pequenos, em edições com ilustrações caprichadas para prender a atenção dos pequenos leitores”, diz João Luís Ceccantini, professor de literatura brasileira da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Assis, no interior de São Paulo.
Caso de Dez Bons Conselhos de Meu Pai, de João Ubaldo Ribeiro, outro título lançado no primeiro semestre. A obra, na verdade, era o apêndice de um livro sobre política que o autor baiano escreveu há 30 anos.
Mesmo esses autores tendo valor literário indiscutível não vale impor esses livros como única possibilidade de leitura para as crianças. “O leitor se forma na diversidade”, alerta o o professor Ceccatini. Confira a seguir sugestões de livros de importantes escritores:
Carmela está de volta, mas agora tendo como cenário a escola. Apaixonada por livros e muito estudiosa, é também muito faladeira e até troca de lugar com a melhor amiga.
Ilustrações: Elizabeth Teixeira 2. Mario vargas Llosa
Fonchito e a Lua (Objetiva)
O menino Fonchito é apaixonado pela colega Nereida. Um dia, enche-se de coragem e pede a ela um beijo no rosto. A menina o desafia a trazer a Lua em troca do gesto.
Joãozinho é um coelho de pêlo branquinho que, quando a fome aperta, dá um jeito de abrir sua gaiola e sair em busca de comida. Nessas saídas, pega gosto pela liberdade.
Preocupado com a desobediência do filho, Fernando, seu pai lhe dá de presente um livro. O menino se encanta com a história do Capitão Tormenta que viaja o mundo em um avião vermelho. Quando Fernando ganha um aviãozinho, está armado o cenário para muitas aventuras.
“Por que o tubarão não ataca as impávidas sereias?” e “A fumaça fala com as nuvens?” são duas das 74 perguntas fora do comum do livro do poeta chileno, que faz o leitor criança ou adulto refletir.
Ilustrações: Isidro Ferrer
7. Manoel de Barros
Poeminha em Língua de Brincar (Record)
Um dos livros da produção infantil do poeta mato-grossense, iniciada a partir de 2000. Na obra, palavras e ilustrações, criadas pela ilustradora filha do escritor, criam um mundo cheio de simbologias.
Ilustrações: Martha Barros 8. Mário de Andrade
Será o Benedito? (Cosac Naif)
A construção de uma relação de amizade entre um homem vindo da cidade grande e um menino de 13 anos que vive na Fazenda Larga, no interior de São Paulo, é o tema desse livro.
Ilustrações: Odilon Moraes
9. José Saramago
O Silêncio da Água (Companhia das Letras)
À beira do rio Tejo, em Portugal, um menino vai pescar e fisga um enorme peixe, que arrebenta sua linha. Essa memória de infância do autor português é o ponto de partida da história.
Fábula sobre o amor impossível entre um gato mau humorado e uma bela andorinha. O autor escreveu a história por causa do aniversário de um ano de um dos filhos e não tinha intenção de publicá-la.
Ilustrações: Carybé
11. Anton Tchékhov
Cachtánca (Editora Globinho)
Um dos mais famosos contos de Tchékhov ganha tradução de Tatiana Belinky. A cadelinha vira-lata Cachtánca, depois de se perder de seu dono, que a maltratava, encontra um novo lar que a acolhe. Cachtánca se encanta com a nova família, mas será que nunca mais vai matar a saudade de seu antigo dono?
Ilustrações: Rebeca Luciani 12. Paulo Leminski
O Bicho Alfabeto (Companhia das Letras)
Chuva, mar, céu, estrelas, pássaro… até japonês aparece homenageado em versos nesse livro. Tudo fruto das vinte e seis patas do bicho alfabeto nas mãos do talentoso escritor curitibano Paulo Leminski. Os poemas foram selecionados do livro Toda poesia, que reúne toda a obra poética do autor.
Ilustrações: Ziraldo
13. Julio Cortázar
Discurso do Urso (Record)
Uma reflexão cheia de humor e surrealismo (características das obras do escritor argentino) de um urso que vive nas tubulações de um prédio e conta, em primeira pessoa, o cotidiano e curiosidades das pessoas que ali moram.
Ilustrações: Emilio Urberuaga 14. Carlos Drummond de Andrade
Rick e a girafa (Editora Ática)
O livro reúne 29 histórias curtas e divertidas escritas por Carlos Drummond de Andrade. No conto infantil ‘Rick e a Girafa’, Drummond conta a história de Rick, um garoto que sonha em viajar no lombo de uma girafa, com uma narrativa agradável como só um grande poeta como ele poderia escrever.
Com organização de Carlos Felipe Moisés, ‘Poesia faz pensar’ mostra o lado poeta de Carlos Drummond de Andrade e prova que poesia pode, ao mesmo tempo, ser uma leitura leve e reflexiva. O livro traz ainda outros representantes da poesia em língua portuguesa, desde o século XVI até o presente, como Luís de Camões, Olavo Bilac, João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes e Mário de Andrade.
Em ‘Crônicas 1’, da coleção Para Gostar de Ler, você pode descobrir a vertente cronista do mineiro Carlos Drummond de Andrade. A autor é acompanhado por outros três grandes cronistas: Rubem Braga, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos.