segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um novo educador.

As crianças que nasceram no século XXI precisam de um novo educador. Elas formaram conexões no cérebro que outras gerações não possuíram, por não terem recebido os estímulos necessários para isso. Assisti a um documentário chamado “Mentes brilhantes”, onde os cientistas mostraram que existem conexões em nosso cérebro que se não estimuladas, elas literalmente morrem. Os estímulos variam desde jogos até tocar instrumentos musicais. A geração do século XXI tem sido mais estimulada e recebido muito mais informação do que qualquer outra que já existiu. A mídia eletrônica e a internet inauguraram um novo mundo. Nós humanos, mexemos muito com o mundo e com as pessoas, por isso as crianças mudaram tanto: para se adaptar ao mundo no qual nasceram. Mudança - é uma palavra chave hoje em dia. Tudo está passando e se transformando, e rápido! As crianças de hoje são muito diferentes, aos quatro anos já querem saber como os bebes são feitos e como nascem. Uma garota de oito anos me disse que sonhou que estava transando com seu colega. Aos dez anos as meninas estão menstruando, e aos 15 já tem filhos! A mudança já alterou até o funcionamento do corpo. Os pais também não são mais os mesmos. Eles já estão terceirizando a criação dos seus filhos e entregando-os corpo, alma e espírito para a tv, os jogos eletrônicos, a internet, as escolas e para as babás ou tias. Essas e outras mudanças vieram para ficar, temos que saber lidar com elas sem trair nossos princípios e valores. A resistência às mudanças só trazem mais sofrimentos. E abrir mão das virtudes e valores só traz mais problemas. Parece que estamos mesmo em uma encruzilhada. Então qual direção tomar?
O desafio é olhar para esta nova geração com esperança. Nem pessimistas, nem otimistas, mas sim realistas esperançosos.
Quando uma criança nasce ela tem que pegar o “bonde andando”; o bonde é a vida, o mundo, são séculos e séculos de conhecimentos e de história. (Aliás, essa geração de crianças nem deve saber o que é um bonde! Isso já é uma figura ultrapassada).  Bem, temos que ensinar o bonde em qual caminho deve andar, para não se desviar dele. Creio mesmo que esta é a nossa missão como pais e educadores. Mas como alcançar o coração desta nova geração? O que deve ser mantido e o que deve se adaptar a tantas mudanças?
      A grande questão é: como se adaptar as mudanças contínuas desta época sem ferir os princípios e virtudes? No caso da educação nosso desafio atual é recuperar o equilíbrio entre: limite e liberdade. Deixe-me atualizar minha metáfora, ao invés de bonde usarei o rio. Para o rio correr para o mar ele precisa seguir seu curso, um caminho delimitado, ou então ele deixa de ser rio, pode virar lago, poça d’água ou até secar. Pode se desviar, apodrecer e morrer. O limite do rio o mantém no seu propósito, desaguar no mar. O limite o conduz para vida! “Pois o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as advertências da disciplina são o caminho que conduz á vida.” Pr 6.23. O limite deve ser mantido, pois ele assegura a vida.
            Educar as crianças estabelecendo limites é um principio de vida que não deve mudar. O que muda é a forma como fazemos isso, que pode ser amorosa e sábia ou destrutiva e repressiva. O desafio do educador do século XXI é encontrar o caminho do meio, aprender com o passado, analisar o novo homem, se segurar nas virtudes e viver com equilíbrio. Este novo educador está em formação e está aprendendo a tratar a vida de outra forma. “A vida não é um ensaio, ainda que tratemos muitas coisas; não é um conto, ainda que inventemos muitas coisas; não é um poema, ainda que sonhemos muitas coisas. O ensaio do conto do poema da vida é  um movimento perpetuo; isso sim, um movimento perpetuo.”  (Augusto Monterroso – escritor guatemalo). Movimente-se dentro de princípios que não mudam. Para saber quais são eles, leia e estude a Bíblia.

Alexandra Guerra.
alexaguerra.blogspot.com
  

Um comentário:

Prof. Vanderlei Roberto Gabricio disse...

Talvez nos esteja faltando algumas pequenas atitudes que nos aproximam mais dos nossos filhos e nos possibilita, inclusive, ensinar limites, afinal, como ensinar limites se o único limite que tem existido, é entre os pais e os filhos (infelizmente)?

Não podemos nos esquecer que "O nosso Tempo é a melhor herança que podemos dar a nossos filhos".


Parabéns Alexa, por mais esse brilhante artigo...

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