Todas as festas do povo de Israel eram também educativas. Elas lhes ofereciam o vislumbre de um Deus que operava milagres, dava-lhes plantações exuberantes, que os amava e perdoava. Muitas vezes essas celebrações deixavam na mente dos participantes uma impressão mais forte do que livros e aulas. E este deve ser nosso objetivo ao comemorarmos a Páscoa.
A grande importância histórica da festa da Páscoa se encontra no êxodo, no ato redentor de Deus, pelo qual Israel se tornou povo dele. Deus instruíra aos israelitas a que passassem sangue nos umbrais das portas para que não sofressem a praga da matança dos primogênitos (Êx 12:7). Além disso, Deus dera instruções detalhadas de como deveriam comemorar a Páscoa. E naquela noite, Deus passou pelo Egito matando todos os primogênitos do sexo masculino. Mas não houve morte nas casas cujas portas estavam marcadas com sangue. Então os israelitas passaram a comemorar esta festa, o principal marco de sua libertação e da proteção divina.
“Deus vai até as últimas consequências, ao se revelar aos homens, para que alguns se c

A comemoração: O modo como essa festa era celebrada sofreu diversas modificações no decorrer dos anos. As instruções para a celebração da primeira páscoa, encontradas em Êxodo 12, constituem o plano básico original dado por Deus a eles.
A festa da Páscoa, alegre e solene ao mesmo tempo, era celebrada simultaneamente por todos; mas cada um em sua própria casa. Deviam matar um cordeiro, e assá-lo inteiro. Devia ser comido com pães asmos e alfaces bravas, Êx 12:8. O sangue derramado representava expiação, as alfaces bravas significavam a amargura do cativeiro, os pães asmos eram o emblema da pureza, Lv 2:11; 1Co 5:7,8 . Os israelitas defendidos pelo sangue que os fazia lembrar das aflições de que haviam sido libertados, e santificados para o serviço de Deus, passaram a ser o povo de Adonai em alegre e jubilosa comunhão com ele.
A ceia pascal devia ser tomada pelos membros de cada família. O chefe da casa recitava a história da redenção. As crianças deviam ser ensinadas sobre sua natureza e seu propósito, Êx 12:26,27; 13:8.
O cordeiro da Páscoa era o sacrifício aceitável, que Deus mesmo tinha instituído. Jesus é nossa Páscoa (1Co 5:7), é o cordeiro de Deus (Jo 1:29), O cordeiro tinha de ser sem defeito, (Êx 12:5) e Cristo cumpriu esta exigência(1 Pe 1:18,19). Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes do dia 14 (Êx 12:3) assim como Cristo entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício. Precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade popular, em prol do mundo inteiro (Êx 12:6). Nenhum osso do cordeiro devia ser quebrado (Êx 12:46). Compare Jo 19:33 e 36. O sangue do cordeiro era símbolo do sangue do Cordeiro de Deus, e faz estar sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e o castigo (Êx 12:13). Assim também, o sangue de Jesus nos liberta da escravidão do sistema e da punição eterna. Jesus não era vítima involuntária, tomada de surpresa pelas circunstâncias. Era um sacrifício deliberadamente oferecido.
“Foi na noite que procedeu a morte de Jesus, que Ele celebrou a última Ceia com os discípulos (Mt 26:17-29). Houve duas ceias: a Ceia Pascal e a Ceia do Senhor. Esta foi instituída no final daquela.
Durante 14 séculos a Páscoa viera apontando para a vinda do Cordeiro Pascal. Jesus comeu a Páscoa, celebrou a Ceia e depois foi morto como o cordeiro Pascal. Ele expirou na cruz no mesmo dia em que no Templo se imolavam os cordeiros pascais.
Assim como a Páscoa apontava para o livramento passado do Egito e para a vinda futura de Cristo, assim também a ceia aponta para Sua morte no passado, e para a Sua vinda futura em glória.
“Portanto, celebremos a festa com esse Cordeiro, e cresçamos fortes na vida cristã, deixando para trás, completamente, a antiga vida cancerosa com todos os seus ódios e maldades. E em seu lugar, festejemos com o pão puro da honra, da sinceridade e da verdade.”
Desejar “Boa Páscoa”, no sentido do puro cristianismo, significa desejar que alguém seja alcançado e ou resgatado pela graça e o amor de Deus e nasça de novo em espírito para viver no Messias uma vida livre e saudável, cheia de alegria, prosperidade e amor, aqui e agora e, num futuro próximo, como conseqüência desta decisão, receber a vida Eterna.
Hag Sameach Pesach! Ou: Feliz Festa da Páscoa!
Alexa Guerra. E-mail: alexaguerra76@hotmail.com http://alexaguerra.blogspot.com/
Bibliografia
Manual dos tempos e Costumes Bíblicos - William L. Coleman; Dicionário Bíblico - John Davis.
A Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas – de Marcelo Miranda Guimarães , 1999.
Manual Bíblico, Henry H. Halley.
Um comentário:
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