quinta-feira, 18 de julho de 2019

Os tempos mudaram e as formas de lidar com o conhecimento também.

Um novo educador.
Os tempos mudaram e as formas de lidar com o conhecimento também. As crianças que nasceram no século XXI precisam de um novo educador. Elas formaram conexões no cérebro que outras gerações não possuíram, por não terem recebido os estímulos necessários para isso. Assisti a um documentário chamado “Mentes brilhantes”, onde os cientistas mostraram que existem conexões em nosso cérebro que, se não estimuladas, elas literalmente morrem. Os estímulos variam, desde jogos até tocar instrumentos musicais. A geração do século XXI tem sido mais estimulada e recebido muito mais informação do que qualquer outra que já existiu. A mídia eletrônica e a internet inauguraram um novo mundo. Nós humanos, mexemos muito com o mundo e com as pessoas, por isso as crianças mudaram tanto,  para se adaptar à época em que nasceram. Mudança - é uma palavra chave hoje em dia. Tudo está passando e se transformando, e rápido! Os pais também não são mais os mesmos. Eles já estão terceirizando a criação dos seus filhos e entregando-os corpo, alma e espírito para a tv, os jogos eletrônicos, a internet, as escolas ou para as cuidadoras. Essas e outras mudanças vieram para ficar, temos que saber lidar com elas sem trair nossos princípios e valores. A resistência à certas mudanças traz desgastes desnecessários. E abrir mão das virtudes e valores só traz mais problemas. Parece que estamos mesmo em uma encruzilhada. Então, qual direção tomar?
O desafio é olhar para esta nova geração com esperança. Nem pessimistas, nem otimistas, mas sim realistas e esperançosos. Mas como alcançar o coração desta nova geração? O que deve ser mantido e o que deve se adaptar a tantas mudanças?
Princípios e virtudes – não são negociáveis.
Métodos – devem ser adaptados.
   A grande questão é: como se adaptar às mudanças contínuas desta época sem ferir os princípios e virtudes? No caso da educação nosso desafio atual é recuperar o equilíbrio entre: limite e liberdade. Para o rio alcançar o mar ele precisa seguir seu curso, um caminho delimitado, ou então ele deixa de ser rio, pode virar lago, poça d’água ou até secar. Pode se desviar, apodrecer e morrer. O limite do rio o mantém no seu propósito, que é desaguar no mar. O limite o conduz para vida! “Pois o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as advertências da disciplina são o caminho que conduz á vida.” Provérbios 6.23. O limite deve ser mantido, pois ele assegura a vida.
         Educar as crianças estabelecendo limites é um princípio de vida que não deve mudar. O que muda é a forma como fazemos isso, que pode ser amorosa e sábia ou destrutiva e repressiva. O desafio do educador do século XXI é encontrar o caminho do meio, aprender com o passado, analisar o novo homem, se segurar nas virtudes e viver com equilíbrio. Este novo educador está em contínua formação e está aprendendo a tratar a vida e o processo de ensino aprendizagem de outra forma. “A vida não é um ensaio, ainda que tratemos muitas coisas; não é um conto, ainda que inventemos muitas coisas; não é um poema, ainda que sonhemos muitas coisas. O ensaio do conto do poema da vida é  um movimento perpétuo; isso sim, um movimento perpétuo.” (Augusto Monterroso – escritor da Guatemala). Movimente-se dentro de princípios e virtudes que não mudam. Para encontrar o equilíbrio dentro deste movimento o desafio é entender a nossa época e as pessoas, para assim tornar a aprendizagem significativa e por procedimento, valorizando o fazer do estudante. E em se tratando de metodologias precisamos tornar a escola o lugar que se parece com o aluno e com a nova maneira de aprender do cérebro que se renova a cada dia, então, novo educador: Inove com equilíbrio!

Por:  Alexandra Guerra. In: alexaguerra.blogspot.com


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