segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Crianças bem sucedidas.


 O maior desejo dos pais e educadores em relação a suas crianças é que elas sejam felizes e bem sucedidas. Para alcançar este alvo as crianças precisam de algo simples que foi tirado de muitas delas: elas precisam de pais. Pais presentes, que se dediquem a elas. Pais que amam e educam dando liberdade e limites com equilíbrio. Pais que lhes peguem pela mão e lhes ensinem o caminho em que devem andar, lembrando que o caminho se faz caminhando, e não apenas falando.
Pesquisadores sobre aprendizagem reafirmam que o bom desempenho dos alunos nos estudos está ligado ao apoio dos pais. Cláudio de Moura Castro afirma que pesquisas  “sobre o sucesso dos países do Leste Asiático em matéria de educação, mostram que tudo começa com o desvelo da família e com sua crença inabalável de que a educação é o segredo do sucesso. Países como Coréia, Cingapura e Taiwan não gastam muito mais do que nós em educação. A diferença está no empenho da família, que turbina o esforço dos filhos e força o governo a fazer sua parte.
“Muitos pais brasileiros de classe média achincalham nossa educação. Mas seu esforço e sacrifício pessoal tendem a ser ínfimos. Quantos deixam de ver TV para assegurar-se de que seus pimpolhos estão estudando? Quantos conversam freqüentemente com os filhos? As pesquisas mostram que tais gestos têm impacto enorme sobre o desempenho dos filhos.” (9) Revista Veja, Ed.  Abril, novembro de 2004.
Conheço mães e pais que chegam em casa cansados do trabalho e separam tempo de qualidade para olhar os cadernos dos filhos, conversar ou brincar com eles; ou seja, eles estão educando, influenciando seus filhotes. Trabalhei com uma psicóloga que tinha que se desdobrar como mãe e pai, e ela fazia isto com a maior competência. Ela chegava em casa após um dia inteiro de trabalho, e se dedicava a seu filho: olhava o  para casa, os cadernos, ajudava seu filho preparar o material e passavam um tempo juntos.
Sucesso nos estudos e na vida de uma maneira geral está ligado a uma educação presencial, não dá para ser pai e mãe à distância, como dizia um comercial da TV: “não basta ser pai, tem que participar.” A saúde emocional, espiritual e física depende dos cuidados de pais amorosos e prontos a cumprir os princípios divinos em suas famílias.
Sendo pai ou professor, você pode sim, minimizar os problemas que o tempo longe das crianças podem trazer: conversando pelo telefone, dando atenção de qualidade a eles quando estiverem juntos, sendo amigos, elogiando, corrigindo sempre que necessário - sem deixar que a culpa por estar pouco tempo com elas lhe impeça de discipliná-las. Não deixe de estabelecer limites para suas crianças só porque você passa pouco tempo com elas. Mas por outro lado, não use seu tempo todo brigando e xingando seus pequenos. Eduque conversando, influenciando, estando ao lado. Façam alguma atividade juntos, como fazer um bolo ou simplesmente escovar os dentes e arrumar as camas.  Podemos tornar essas ocasiões juntos agradáveis e preciosas, conversando sobre as coisas que aconteceram durante o dia que passaram, falando das tristezas e alegrias de cada um, sabendo que por meio destes simples momento estamos ensinando através de nosso estilo de vida, pois o seu exemplo é o maior ensino.
       A maior força da educação está nas pequenas coisas, nos gestos e nas palavras do dia a dia, onde às vezes não percebemos, pois educar é se relacionar com o outro, e isto acontece na maioria das vezes de maneira informal. Aproveite cada minuto na presença de suas crianças e das pessoas que são preciosas para você! Ame-as e demonstre esse amor. Já que nosso tempo é tão curto e tão precioso aproveite cada minuto da vida para amar mais e se deleitar em seu jardim, pois um jardineiro cuida de seu jardim pelo prazer que tem de estar nele, de ver seus frutos e flores por vir, de sentir os perfumes que ele exala...
           
 
Texto de Alexandra Guerra extraído de seu livro "Infância, o Melhor Tempo para Semear."
Editora Betânia.  Blog: alexaguerra.blogspot.com




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